sábado, 27 de junho de 2009

VAMOS COMEÇAR!!


Na exploração das hortaliças, contrariamente com o que sucede com as grandes culturas (amendoim, cana, arroz, etc.) o agricultor não pode escolher a região ou clima mais indicado, dado ser instalada perto dos centros consumidores. Hoje dado às facilidades de transporte pode-se escolher tanto a região, como o clima, visando à produção fora da época normal.

As hortas podem ser:
Extensivas: de grande área (10 a 20 hectares)
Intensivas: de pequena área (1 a 2 hectares)
Domiciliares: micro áreas 50 a 500 m2.

Escolha do terreno:

Em se tratando de exploração olerícola, todos os tipos de terreno se prestam ao empreendimento. Esta regra é válida somente para medias e pequenas hortas.
Na horta, a preocupação da fertilidade do solo deve ser pequena isto porque os terrenos utilizados serão profusamente trabalhados e adubados, dispensando, portanto, a riqueza natural. Não se quer com isso afirmar que se deva desprezar espontaneamente este fator mas, isto sim, que não devemos considerá-lo limitante na exploração das hortaliças. Esta afirmação encontra a seguinte justificativa para o problema: as hortaliças na sua maioria exploram o solo até o limite de 1 metro de profundidade.

A faixa superficial desta camada é chama solo ativo ou arável e, como o nome indica, é a parte atingida pelas lavras (0,40 a 0,50 m).

Esta faixa é a mais importante, pois, estando em contato com a atmosfera, recebe os benefícios do sol e das chuvas. Nelas a planta distribui a maioria de suas raízes, pois concentram-se nesta faixa os adubos, conetivos e micro-organismos indispensáveis à vida das plantas.

Logo abaixo desta faixa superficial está o subsolo que age como um reservatório de elementos minerais carreados pela infiltração das águas. Quando, no solo ativo ou arável, há carência desses elementos, o subsolo lhe envia por capilaridade, tornando-o outra vez fértil.

Analisando o solo, encontramos quatro elementos que são: argila, areia, ar e matéria orgânica.

Para as hortaliças, o solo ideal deve ter 60 a 70% de areia, 20 a 30% de argila e 5 a 10% de ar e matéria orgânica, portanto solos demasiadamente úmidos não são indicados.

Deve, ainda, apresentar pequena declividade, estar protegido dos ventos (principalmente do vento sul) e conter água em abundância para irrigação. Deve estar próximo dos mercados consumidores, possuir boas vias de transporte, apresentar facilidades para obtenção de mão-de-obra e estar em zona saudável.

A preferência por terrenos de pequena declividade prende-se ao fato destes serem mais facilmente trabalháveis, possibilitando escoamento rápido das águas pluviais, manejo de máquinas de cultivo, colheita e transporte dos produtos da horta e para irrigação por gravidade.

Os terrenos muito batidos pelos ventos devem ser evitados. A formação de grandes quebra-ventos, além de ser dispendiosa é também contra indicada, pois leva muito tempo para produzir os efeitos desejados.

Devido ainda ao grande desenvolvimento de suas raízes, concorrem em água e elementos minerais com as plantas cultivadas na horta.

A quantidade de água disponível é fator limitante para a olericultura e tem que ser estudado em detalhes.

As terras de baixada em geral apresentam-se encharcadas, dificultando os trabalhos e impedindo a germinação das sementes. Nos períodos mais secos, as plantas morrerão fatalmente quando voltar a umidade, ocasionando o apodrecimento das raízes.

Nestes tipos de terrenos devemos recorrer a uma boa drenagem escoamento das águas que estão em excesso no solo.

A construção dos drenos pode ser desde a simples abertura de canais até a canalização por intermédio de manilhas ou de valas cimentadas.

Cuidado, se o excesso de água é prejudicial às plantas, a falta também é. Se não houver água suficiente e de boa qualidade não pode haver horta Isto se justifica quando ficamos sabendo que na composição das plantas hortícolas entra cerca de 90% de água.

A irrigação proporcionada pelas chuvas é insuficiente para as necessidades de uma horta e temos então que nos valer das irrigações artificiais, que se dividem, segundo os sistemas, da seguinte maneira:

Irrigação por infiltração: consiste este método em conduzir a água para a parte mais alta da horta, por meio de bomba ou de canal adutor. Deste saem os canais de primeira ordem margeando os canteiros. Dos canais de primeira ordem partem os canais distribuidores de segunda ordem em sentido mais ou menos transversal de modo a irrigar as plantas por infiltração.

Irrigação por aspersão: este é outro sistema de que pode se valer o horticultor.

Em se tratando de pequenas hortas, a rega poderá ser executada com auxílio de regadores, mas à medida em que a exploração vai aumentando em área cultivada, o método de irrigação por aspersão também vai se aprimorando.; Temos então que nos valer de bombas especiais ligadas por canos leves, providos de junções de fácil manejo e de aspersores giratórios.

Irrigação por inundação: nem sempre este sistema poderá ser utilizado. Limita-se quase que exclusivamente a agrieiras (canteiros de agrião). As águas dos ribeirões são as preferíveis desde que não venham impregnadas por resíduos de esgotos..

Deve o agricultor optar por qualquer destes sistemas, desde que atendam às necessidades de sua horta. O gasto de água, quando se utiliza irrigação por infiltração, é de 20 litros por metro quadrado e o gasto na irrigação por aspersão é de apenas 5 litros/m2.

Devemos dar preferência por irrigar as plantas de maneira enérgica e mais espaçadamente do que irrigar fracamente e com certa Constancia. Regas inadequadas induzem a planta a emitir numerosas raízes superficiais em vez de raízes mais profundas, ocasionando pouca estabilidade e menor resistência às secas.

As últimas horas do dia devem ser as preferidas para a irrigação. As primeiras também se prestam admiravelmente, especialmente nos meses mais frios.

CREDITOS PARA

http://www.criareplantar.com.br/horticultura/ahorticultura/ahorticultura.php?tipoConteudo=texto&idConteudo=1573

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